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sábado, 19 de novembro de 2016

Quando vou a um baile funk, percebo a sonhada democracia racial', diz Sérgio Loroza


Ator fala sobre racismo no País e suas consequências no mundo artístico


Conhecido do grande público por seus diversos papéis em filmes e programas de TV, o ator e cantor Sérgio Loroza falou ao E+ a respeito da presença do negro na TV e na sociedade brasileira às vésperas do Dia da Consciência Negra.

Para ele, ainda que falte muito a ser conquistado em termos de igualdade racial, a data precisa ser festejada. "Eu sou o típico fruto dessa luta, que começou há muito tempo. Acho que todas as minhas vitórias são pequenas comparadas com nosso povo, mas é necessário comemorar. Até porque a gente é bom de festa pra caramba! Quando a gente celebra, acaba propondo uma diferença de atitude para as pessoas, de uma maneira geral", disse.
Sobre a presença de negros em papéis na televisão, Loroza adota uma postura crítica: "Ainda é muito pouca, muito menor do que nossa realidade. Infelizmente, no Brasil, nós somos a maioria em presídios, delegacias e penitenciárias. Nos lugares bons, somos poucos". Ele ainda frisa que o pouco destaque nos trabalhos também acaba sendo prejudicial para a representatividade: "São personagens que não têm tanta relevância dentro da trama, e isso é ruim porque as pessoas acabam não se identificando, não se se vendo ali, retratadas".

O ator também fala de suas próprias experiências de vida para debater sobre as formas de perceber a desigualdade: "Por ser ex-favelado e artista, eu tenho acesso a todas as camadas sociais. Quando vou a um baile funk, por exemplo, percebo que existe essa sonhada 'democracia racial'. Ali tá todo mundo 'junto e misturado': japonês, nordestino, branco, preto. Mas quando vou num hotel fino, aí sou eu e mais cinco [negros], sendo que três são seguranças e dois são faxineiros".
"Com mais gente tendo possibilidade de estar no topo, na parte de cima da pirâmide, aliviaria o preconceito. Não seria tão estranho que o negão dentro de um carro de luxo não seja só o motorista, ou que o de terno não seja só segurança ou pastor", complementa.
Loroza também é crítico do pensamento que costuma reduzir a relevância ou até mesmo a existência do preconceito racial em nossa sociedade. "Tem que parar esse discurso de 'somos só a raça humana' e passar a realmente dar chance pra galera da 'raça humana' que tenha a coloração da pele um pouquinho mais escura. Evidentemente quando eu falo isso, uma galera vai dizer que é 'mi mi mi'. Eu digo que eles fazem 'mi mi mi' do 'mi mi mi', porque não querem nem dar o direito da gente reclamar, de chorar, gritar de dor. Pô, isso aí é muita crueldade".
"Eu sou esperançoso. Acho que estamos no caminho. A possibilidade de deixar que os negros tenham lugar de fala é importante pra caramba, porque a gente começa a se ocupar de nós mesmos. O que nos interessa não é uma vingança histórica, pelo contrário: a gente deseja justiça", finaliza Sérgio, cuja carreira musical também foca o tema: seu mais recente lançamento, Agbara Dudu, é algo como "Black Power" em Iorubá, língua africana.

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